Segunda, 07 de Outubro de 2024
26°

Tempo nublado

São Miguel do Iguaçu, PR

Senado Federal Senado Federal

Debatedores querem avanços no tratamento da LAM, doença que afeta os pulmões

Segundo especialistas que estiveram no Senado nesta quarta-feira (11), o Brasil conseguiu avanços consideráveis no diagnóstico e tratamento da linf...

11/09/2024 às 23h57
Por: Rinaldo L. dos Santos Fonte: Agência Senado
Compartilhe:
O debate foi promovido pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado - Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
O debate foi promovido pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado - Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Segundo especialistas que estiveram no Senado nesta quarta-feira (11), o Brasil conseguiu avanços consideráveis no diagnóstico e tratamento da linfangioleiomiomatose, mais conhecida como LAM, doença rara que provoca insuficiência respiratória e ainda não tem cura. Mas eles ressaltam que ainda são necessários avanços, como a busca de novas terapias — e inclusive defenderam projetos de lei relacionados a essa doença.

Eles participaram da audiência pública promovida pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) nesta quarta para discutir a situação da LAM no Brasil e o papel do Congresso Nacional para ajudar no tratamento dessa doença. A audiência foi solicitada por meio de requerimento ( REQ 73/2024-CAS ) apresentado pelos senadores Alan Rick (União-AC) e Humberto Costa (PT-PE).

Os especialistas destacaram que a LAM é acompanhada pela proliferação de células anormais nos pulmões, rins e vasos linfáticos, causando, em alguns casos, além da perda de capacidade respiratória, tumores abdominais. Também ressaltaram que as mulheres são as principais afetadas pela LAM, geralmente entre a puberdade e a menopausa.

Centros de tratamento

O médico pneumologista da Clínica da LAM, Bruno Guedes Baldi, informou que existem aproximadamente dois mil pacientes com a doença no Brasil, mas apenas cerca de 16% diagnosticados. Ele explicou que a gravidez também pode levar a problemas de capacidade pulmonar. Entre 2008 e 2023, 202 pacientes já foram tratados no centro de referência que ele dirige e 135 pacientes estão sendo acompanhados.

O médico afirmou queo país evoluiu bastante nas últimas décadas, inclusive com tecnologias próprias, no tratamento de doenças que comprometem a respiração. Mas avalia que ainda é necessário dar novos passos, como no caso da implantação de mais centros de transplante pulmonar e na busca de novas terapias.

Com participação internacional e com contribuição aqui do Brasil também, existe um marcador no sangue que, dependendo da situação, faz com que uma biópsia não seja necessária. E vários métodos de biópsia mais modernos também foram desenvolvidos para fazer o diagnóstico da doença com métodos menos invasivos.

Maria Clara Castellões de Oliveira, da Associação dos Portadores de LAM (Alambra) afirmou que, em 2024, houve a expansão da rede para tratamento da doença e hoje o país tem 19 centros para tratamento e um grupo de epidemiologistas especializados.

Ela apresentou os planos da associação para o futuro e pediu prioridade na aprovação de dois projetos de lei apresentados pelo senador Alan Rick: o PL 5.078/2016 , que prevê uma política nacional para a doença, e o PL 2.220/2024 , que isenta do Imposto de Renda os portadores da LAM.

— Entre os próximos passos, a gente precisa incentivar a identificação do tipo de LAM que as portadoras possuem, para que se possa ter mais um dado na hora de fazer o seu planejamento familiar.

Estima-se que dois terços dos pacientes com LAM têm, no mínimo, um episódio de pneumotórax ao longo da vida, o que exige internação hospitalar, colocação de dreno ou outros procedimentos cirúrgicos. Também se destacou durante a audiência que, apesar da gravidade, os pacientes têm encontrado dificuldade para o tratamento completo da doença.

Sociedade civil

A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) presidiu a audiência. Ela destacou a importância da sociedade civil em debates como esse.

— Nós chegamos aonde chegamos, com projetos de lei, leis aprovadas, políticas públicas instituídas, por causa da sociedade civil organizada, por causa das famílias. E a gente precisa fazer essa homenagem às instituições, à sociedade civil organizada, trabalhando o tema — declarou Damares, que é vice-presidente da Subcomissão Permanente de Direitos das Pessoas com Doenças Raras .

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
São Miguel do Iguaçu, PR Atualizado às 08h07 - Fonte: ClimaTempo
26°
Tempo nublado

Mín. 21° Máx. 41°

Ter 38°C 24°C
Qua 24°C 18°C
Qui 27°C 18°C
Sex 23°C 17°C
Sáb 30°C 14°C
Horóscopo
Áries
Touro
Gêmeos
Câncer
Leão
Virgem
Libra
Escorpião
Sagitário
Capricórnio
Aquário
Peixes